30 profissionais de enfermagem morreram no combate ao coronavírus no Brasil
- sentinelasdaenferm
- 19 de abr. de 2020
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Atualizado: 20 de abr. de 2020
De acordo com balanço feito pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) até o dia 15 de Abril foram registrados a morte de 30 profissionais da enfermagem. Sendo 552 infectados e outros 3,5 mil permanecem sob investigação. Em 5 de Abril, os dados eram de 230 casos suspeitos ou confirmados. Dez dias depois saltou para 4.089.
“Os dados refletem o avanço da pandemia e têm nos preocupado muito. O maior problema hoje na enfermagem é a falta de equipamento de proteção individual (EPI). Há denúncias de reuso de máscaras N95 e outras que são feitas com material duvidoso. Se a pandemia avança e não temos EPI, a tendência é ter um maior número de profissionais contaminados e mais afastamentos”, afirma Gilney Guerra, conselheiro federal, para o portal G1.
DENÚNCIAS DE FALTA DE EPIs
Do dia 13 de Março até o dia 16 de Abril, o Cofen recebeu cerca de 4.806 denúncias de falta de equipamentos de proteção individual, proibição do uso de material existente na instituição, apelo para que os profissionais comprassem o seus próprios matérias de segurança e, ainda, que reutilizassem material descartável.
Segundo o Ministério da saúde, o problema da disponibilização dos EPI’s está no fornecimento dos produtos. Cerca de 90% desses, são fabricados na China que, durante esse período de pandemia, parou a produção e, agora, os países do mundo inteiro estão em uma disputa entre si pela sua compra.
“Fala-se muito que os profissionais de saúde são heróis, mas é preciso lembrar que o herói adoece, precisa de EPI para trabalhar, e precisa ser respeitado nas suas limitações”, acrescenta Guerra.
NECESSIDADE DE CONTRATAÇÃO EMERGENCIAL
Acerca dos profissionais de enfermagem, o conselheiro federal de enfermagem alerta que ainda há profissionais de grupo de risco trabalhando na linha de frente de combate ao Covid-19. Dados levantados pelo Cofen mostram que entre os profissionais afastados por suspeita ou confirmação do novo coronavírus, 38% têm entre 31 e 40 anos; 23% têm entre 41 e 50 anos; 7,95% têm entre 51 e 60 anos e 1% é acima de 60.
Em virtude desse fato preocupante, o conselheiro federal de enfermagem alerta: “Entendemos que estamos em uma pandemia, mas é preciso haver uma contratação emergencial e remanejamento desta força de trabalho. Colocar um enfermeiro diabético, hipertenso, ou com mais de 60 para atuar não é correto. Temos um registro de 9% de desemprego na área, estes profissionais precisam ser chamados porque, quando um enfermeiro se contamina, ele precisa se afastado por 15 dias”.
É necessário destacar que a presença da enfermagem é essencial na linha de frente. Pois são eles que monitoram os equipamentos de ventilação mecânica para ajudar os casos graves da doença e administram os medicamentos.
FONTE: Adaptado de G1 - Bem Estar
OLIVEIRA, Elida. Brasil tem 30 mortes de profissionais de enfermagem por coronavírus e mais de 4 mil afastados pela doença. 2020. Disponível em: <https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/04/17/brasil-tem-30-mortes-de-profissionais-de-enfermagem-por-coronavirus-e-mais-de-4-mil-afastados-pela-doenca.ghtml> Acesso em: 17 abr. 2020.




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